Brenda Ligia-Cinema,TV,Teatro

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Brenda Ligia é atriz, mestre de cerimônias, diretora, apresentadora e locutora trilíngue (inglês/francês). Como atriz, atuou em 15 longas, 12 séries de TV, dezenas de curtas e espetáculos. Prêmios/ ATRIZ -Prêmio de melhor atriz no Brazil New Visions Film Fest (2023) -Prêmio de melhor atriz no Festival Riba Cine RJ (2022) -Prêmio de melhor atriz no Festival CinePE (2017) Prêmios / Diretora: -Prêmio Diáspora no Silicon Valley African Film Festival (USA, 2020) pelo seu curta Contraste, lançado pela MídiaNINJA -Prêmio Empathy no Essential Stories Project USA (2020) pelo seu documentário Ilê -Prêmio Especial no Cine PE (2014) pelo seu documentário Rabutaia CINEMA Cidade; Campo (Berlinale) 2024, Amado (Globoplay, Telecine) Sangue Azul (Netflix), Bruna Surfistinha (Netlix), etc. TV Séries Além do Guarda-roupa (HBO Max), Assédio (TV Globo, GloboPlay), Sob Pressão (Globo), A mulher do prefeito (Globo), etc. MC Brenda Ligia está na lista das 10 melhores mestres de cerimônias do Brasil, via Super SIPAT. Contato: atendimento@castinglab.com.br

23 de abril de 2013

Teatro, Cena e Crítica

Teatro, Cena e Crítica: Nelson Rodrigues/ Seminário Pernambuco (Teatro Marco Camarotti)
Curso com Fátima Saadi (RJ)/ Sesc PE (realização: Rudimar Contâncio/ coordenação: Antonio Cadengue)

A moralização típica da comédia de costumes e do melodrama transforma-se em discussão moral ou discussão da moral.
Curso intensivo com F.Saadi, com espetáculos, conferências, palestras e debates com outros especialistas no tema.

Acima, os planos "Alucinação", "Memória" e "Realidade", no palco do Teatro Marco Camarotti, em Recife. 
Mergulho intenso nos estudos de procedimentos como a síntese, o jogo de versões, a desconstrução do senso comum, o traço forte do grotesco e a vertiginosa rapidez da ação. 

Mestre e Diretor Antonio Cadengue no Teatro Marco Camarotti
Nelson Rodrigues 
 TEATRO DESAGRADÁVEL, por Nelson Rodrigues (outubro de 1949)
"No meu exagero, dividia os nossos autores em duas classes: a dos falsos profundos e a dos patetas. Esta última sempre me pareceu a melhor, a mais simpática. Recebi, muitas vezes, este conselho:'Você precisa perder a mania de ser gênio incompreendido!'.
Enveredei por um caminho que pode me levar a qualquer destino, menos ao êxito. Que caminho será esse? Respondo: de um teatro que se poderia chamar assim - desagradável. Numa palavra, estou fazendo um "teatro desagradável", peças desagradáveis. E por que peças desagradáveis? Segundo já se disse, porque são obras pestilentas, fétidas, capazes, por si só, de produzir o tifo e a malária na platéia.
Peçam tudo, menos que eu renuncie às atrocidades habituais dos meus dramas. Considero legítimo unir elementos atrozes, fétidos, hediondos ou o que seja, numa composição estética. Qualquer um pode, tranqüilamente, extrair poesia de coisas aparentemente contra-indicadas. E continuarei trabalhando com monstros. Quando escrevo para teatro, as coisas atrozes e não atrozes não me assustam.
Quando se trata de operar dramaticamente, não vejo em que o bom seja melhor que o mau. Passo a sentir os tarados como seres maravilhosamente teatrais. E no mesmo plano de validade dramática, os loucos varridos, os bêbados, os criminosos de todos os matizes, os epiléticos, os santos, os futuros suicidas. A loucura daria imagens plásticas e inesquecíveis, visões sombrias e deslumbrantes para uma transposição teatral!" (trechos)

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